MEMORIE DEFINITE E INDEFINITE degli artisti brasigliani OBRAS DE KARINA AMADORI e GUITA SOIFER a cura di Massimo Scaringella

MEMORIE DEFINITE / Memorie definitas GUITA SOIFER  è un’artista brasiliana di Curitiba (Paraná), nata nel 1935, con una carriera pluridecennale nel campo dell’arte contemporanea. Il suo lavoro è caratterizzato da una forte vocazione sperimentale e multimediale, attraversando tecniche come incisione, disegno, pittura, fotografia, video-arte e installazioni. Guita Soifer é uma artista nascida em Curitiba (Paraná), em 1935, com uma trajetória de décadas na arte contemporânea brasileira. Sua produção se destaca por uma forte vocação experimental e pelo uso de múltiplos meios, transitando entre gravura, desenho, pintura, fotografia, videoarte e instalações.

La memoria è il fulcro della sua opera e ne costituisce la dimensione più profonda e poetica. Nelle sue creazioni, la memoria non è solo un tema, ma è la materia stessa con cui l’artista costruisce le sue narrazioni visive e installative. L’artista lavora spesso con materiali sovrapposti, segni ripetuti, tessiture e tracce che evocano strati di tempo sedimentati. Le sue opere non sono mai lineari, ma composte da frammenti che si intrecciano, proprio come la memoria umana: frammentata, incompleta, in continuo mutamento. Per lei la memoria è un atto di resistenza al tempo, è un modo per preservare ciò che sfugge, per dare forma all’effimero. Le sue opere ci insegnano che ricordare non è solo un atto mentale, ma anche un’esperienza fisica, emotiva, visiva. La memoria diventa così un linguaggio artistico che parla di identità, di perdita, di trasformazione e di sopravvivenza. La riflessione sul sogno e la memoria in Guita Soifer si lega alla sua esplorazione della dimensione onirica come spazio della rielaborazione e della sopravvivenza emotiva, specialmente in relazione alla memoria storica e personale, in particolare nel contesto della Shoah.  Nelle sue opere e nel suo approccio, il sogno entra nella memoria come un canale di accesso al non detto, al rimosso e all’inconscio collettivo. Non si tratta solo di un semplice ricordo volontario, ma di una forma di memoria affettiva e immaginativa, spesso discontinua, frammentata, che permette di recuperare ciò che la memoria razionale non riesce a trattenere o a esprimere. La memoria nell’arte contemporanea non è mai statica: è frammentata, soggettiva, fragile, costruita e ricostruita. È un processo dinamico che permette di connettere passato e presente, personale e collettivo, locale e globale. L’arte diventa così uno spazio per interrogare, ricordare e reinterpretare, ma anche per mettere in discussione ciò che viene tramandato e ciò che rischia di essere dimenticato. A memória ocupa um lugar central em sua obra, sendo sua dimensão mais profunda e poética. Para Guita, a memória não é apenas um tema, mas o próprio material com o qual ela constrói suas narrativas visuais e instalativas. Em seus trabalhos, a artista frequentemente sobrepõe materiais, repete sinais, constrói texturas e deixa vestígios que evocam camadas de tempo acumuladas. Suas obras não seguem uma linearidade: são compostas por fragmentos que se entrelaçam como a própria memória humana – fragmentada, incompleta, em constante transformação. Para ela, lembrar é um ato de resistência ao tempo. A memória é um meio de preservar o que escapa, de dar forma ao efêmero. Suas obras nos mostram que lembrar não é apenas um processo mental, mas também físico, emocional e visual. A memória, em sua poética, transforma-se em linguagem artística – uma linguagem que fala sobre identidade, perda, transformação e sobrevivência. O sonho e a memória, em sua obra, se entrelaçam como dimensões complementares. Guita explora o universo onírico como um espaço de reelaboração subjetiva e de sobrevivência emocional, especialmente quando se trata da memória histórica e pessoal — com destaque para o contexto da Shoá. Em suas criações, o sonho se insinua na memória como um canal de acesso ao que foi silenciado, reprimido ou esquecido no inconsciente coletivo. Não se trata apenas de lembranças voluntárias, mas de uma memória afetiva e imaginativa — muitas vezes descontínua, fragmentada — capaz de recuperar o que a racionalidade não consegue alcançar ou expressar. Na arte contemporânea, a memória nunca é fixa: ela é frágil, subjetiva, construída e reconstruída constantemente. É um processo dinâmico que conecta passado e presente, pessoal e coletivo, local e global. A arte, nesse sentido, torna-se um território de questionamento, lembrança e reinvenção — mas também de crítica ao que é transmitido e ao que corre o risco de ser apagado.

TRA NATURA ED INFINITO / Entre a natureza e o infinito OBRAS DE KARINA AMADORI 

“A arte é um passo da natureza para o infinito.” Gibran Jalil. Não há dúvida de que fazer arte representa para o artista um momento experimental e espontâneo de ideação criativa, no qual ele presencia com clareza a formação da imagem, o horizonte como percepção do infinito que, emergindo do inconsciente, se transforma em pensamento visual. Karina Amadori expressa em suas obras um senso de essencialidade visual e espontânea, buscando sínteses surpreendentes, tanto na estruturação da forma quanto na limpeza e clareza da execução. Mas, ao mesmo tempo, nunca se sente separado da verdade perceptiva e da consequente visão do concreto, o que significa uma maneira geral de abordar a realidade, em particular a natureza que nos cerca. Formas que parecem existir apenas em função do conhecimento de duas qualidades: pureza e organização. Arte e natureza são termos de um casal dialético que pode encontrar síntese na reestruturação da esfera humana, às vezes numa esfera ainda mais íntima: “é no cotidiano”, essa célula modesta, mas essencial a qualquer projeto de organização ambiental, que se encontra em sua simplicidade expressiva. Uma busca por um novo diálogo com o mundo e com a estrutura cósmica. Por sua vez, as diversas sobreposições de matéria, na maioria das obras, produzem no espectador uma experiência de movimento e dinamismo, como uma sensação fluida e fugidia, como se o artista pedisse para entrar com ele em uma nova dimensão.   Gerando, sem dúvida, novas situações linguísticas, onde o gesto, os materiais e as transparências adquiriram um caráter fundamental em sua produção, abrindo novas perspectivas em sua evolução estética e composicional, dando origem a resultados depurados de todo elemento ilustrativo e sublimados em uma forma abstrata autônoma. E é essencial que o artista no ato de compor não se renda às restrições da forma, mas ceda ao impulso da surpresa e, ao mesmo tempo, dê a si mesmo a possibilidade de trabalhar sem a possibilidade de correção, o que é, por sua vez, sua própria caligrafia operacional e que dá à sua obra um caráter distintivo e específico.    Em Karina Amadori os conceitos composicionais se unem em uma relação absoluta, cada símbolo, cada efeito criativo, em sua totalidade são um espelho vivo de uma espiritualidade íntima, que confronta o criador a cada momento. Assim o artista constrói suas intensas obras e/ou instalações visuais onde a narração poética recupera um percurso artístico antigo, em termos rigorosamente atuais.

Non c’è dubbio che fare arte rappresenti per l’artista un momento sperimentale e spontaneo di ideazione creativa, in cui testimonia chiaramente la formazione dell’immagine, l’orizzonte come percezione dell’infinito che, emergendo dall’inconscio, si trasforma in pensiero visivo. Nelle sue opere Karina Amadori esprime il senso di un’essenzialità visiva e spontanea, cercando sorprendenti sintesi, tanto nella strutturazione della forma, come nella pulizia e chiarezza dell’esecuzione. Ma allo stesso tempo non si sente mai sganciata dalla verità percettiva e dalla conseguente visione del concreto che significa piuttosto un modo generale di avvicinamento alla realtà in particolare alla natura che ci circonda.  Forme che sembrano esistere solo in funzione della conoscenza di due qualità: la purezza e l’organizzazione. L’arte e la natura sono i termini di una coppia dialettica che può incontrare la sintesi nella ristrutturazione dell’ambito umano, talvolta in un ambito ancora più intimo: “è nella vita quotidiana”, questa cellula modesta, ma imprescindibile da qualunque progetto di organizzazione ambientale, che si ritrova nella sua semplicità espressiva.  Una ricerca di nuovo dialogo con il mondo e con la struttura cosmica. A sua volta le diverse sovrapposizioni della materia, in gran parte delle opere, producono nello spettatore una esperienza di movimento e dinamismo, come una sensazione fluida e imprendibile, come se l’artista chieda di entrare con lui in una dimensione nuova.   Generando senza dubbio, nuove situazioni linguistiche, dove il gesto, le materie e le trasparenze hanno acquisito un carattere fondamentale nella sua produzione, aprendo nuove prospettive nella sua evoluzione estetica e compositiva, dando origine ad esiti depurati da ogni elemento illustrativo e sublimati in una forma astratta autonoma. Ed è fondamentale che l’artista nell’atto di comporre non si arrenda al vincolo della forma, ma ceda all’impulso della sorpresa e allo stesso tempo di darsi la possibilità di lavorare senza la possibilità di correggere, quella che è a sua volta una sua calligrafia operativa e che conferisce al suo operare un carattere distintivo e specifico.    In Karina Amadori i concetti compositivi si uniscono in una relazione assoluta, ogni simbolo, ogni effetto creativo, nella loro totalità sono specchio vivente di una intima spiritualità, che si confronta ad ogni istante con il creatore. Così l’artista costruisce le sue intense opere e/o installazioni visive dove la narrazione poetica recupera un percorso artistico antico, in termini rigorosamente attuali.

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